Embora possa parecer uma questão para autores de ficção científica, eu argumentaria que já hoje em dia se pode observar indícios de ambas as possibilidades. Vejamos o exemplo de milhares de pessoas que passam várias horas diariamente em mundos virtuais como o Second life e o World of warcraft. Não quero estar a estereotipar todas elas como ermitãs cibernéticas, mas, de facto, existem alguns indivíduos que dedicaram a sua vida a essas realidades. Os seus corpos tornaram-se apenas recipientes para as suas mentes, vivem desligados da realidade.
São julgados como pessoas desequilibradas e anti-sociais, mas quando esses programas se tornarem indistinguíveis da realidade, como o Pedro falou na sua entrada sobre o Matrix, que razões teremos nós para desejar continuar neste mundo de limitações? (Não é uma pergunta retórica, estou genuinamente curioso.)
Embora ache que esse seja um fim provável para a nossa espécie, gostava também de explorar uma outra possibilidade. Uma tendência recente de humanizar a tecnologia. Cada vez mais distantes são os tempos em que para mexer num computador era necessário um manual ou mesmo um curso informático. Comparem o interface do MS-DOS com o do iPhone para compreender o que eu quis dizer quando me referi à humanização da tecnologia. Não somos nós que nos adaptamos à máquina mas sim o contrário. Quanto mais intuitiva se torna a interacção com a tecnologia mais se assemelha com as ferramentas analógicas de outros tempos. Vejamos a Nintendo Wii como exemplo disso. Num jogo electrónico de ténis, não é mais necessário decorar uma série de comandos para poder jogar, basta fazer os movimentos da raquete em sincronia com as imagens do ecrã.
Provavelmente toda esta tendência não é mais do que uma fase passageira até ao momento da singularidade tecnológica. Mas falaremos mais disso noutra altura, para já fica aqui o convite para todos que queiram explorar connosco o futuro fantástico da relação entre o homem e amáquina!
...
Bem, pelo menos sabemos que no mínimo dos mínimos a Professora de psicologia à de ler o blog.
Certo? : (
Sem comentários:
Enviar um comentário