sábado, 28 de março de 2009

Uma pequena apresentação.

Estou a ver que os meus colegas já contribuíram com diversas ideias bastante interessantes, mas, antes de mais, gostaria só de falar um pouco sobre o Blog e os seus objectivos. Trata-se de um projecto universitário para a cadeira de Psicologia da Comunicação do curso de Som e Imagem da Universidade Católica Portuguesa. Formamos um grupo de 5 (António Miguel, Pedro, Joana, Igor e Diogo) e foi-nos pedido para criar um blog onde o tópico seria escolhido por nós e teria de ser relacionado com exemplos distintos de obras de arte ou outros elementos dos media. O tema que escolhemos está explícito no titulo de forma simplificada, Futuro Interactivo. Talvez careça de criatividade, mas cumpre a sua função. De facto, os assuntos que ocupam este espaço dedicam-se a explorar a relação que existe entre o homem e a tecnologia e como esta irá evoluir no futuro. Por outras palavras, o que pensamos nós do destino da humanidade como animal dependente de ferramentas. Seguindo a tendência da evolução tecnológica nos últimos séculos, poderemos deduzir que estamos condenados a perder a nossa fisicalidade ou será que é a própria tecnologia que vai adquirir cada vez mais atributos humanos?

Embora possa parecer uma questão para autores de ficção científica, eu argumentaria que já hoje em dia se pode observar indícios de ambas as possibilidades. Vejamos o exemplo de milhares de pessoas que passam várias horas diariamente em mundos virtuais como o Second life e o World of warcraft. Não quero estar a estereotipar todas elas como ermitãs cibernéticas, mas, de facto, existem alguns indivíduos que dedicaram a sua vida a essas realidades. Os seus corpos tornaram-se apenas recipientes para as suas mentes, vivem desligados da realidade.

São julgados como pessoas desequilibradas e anti-sociais, mas quando esses programas se tornarem indistinguíveis da realidade, como o Pedro falou na sua entrada sobre o Matrix, que razões teremos nós para desejar continuar neste mundo de limitações? (Não é uma pergunta retórica, estou genuinamente curioso.)

Embora ache que esse seja um fim provável para a nossa espécie, gostava também de explorar uma outra possibilidade. Uma tendência recente de humanizar a tecnologia. Cada vez mais distantes são os tempos em que para mexer num computador era necessário um manual ou mesmo um curso informático. Comparem o interface do MS-DOS com o do iPhone para compreender o que eu quis dizer quando me referi à humanização da tecnologia. Não somos nós que nos adaptamos à máquina mas sim o contrário. Quanto mais intuitiva se torna a interacção com a tecnologia mais se assemelha com as ferramentas analógicas de outros tempos. Vejamos a Nintendo Wii como exemplo disso. Num jogo electrónico de ténis, não é mais necessário decorar uma série de comandos para poder jogar, basta fazer os movimentos da raquete em sincronia com as imagens do ecrã.

Provavelmente toda esta tendência não é mais do que uma fase passageira até ao momento da singularidade tecnológica. Mas falaremos mais disso noutra altura, para já fica aqui o convite para todos que queiram explorar connosco o futuro fantástico da relação entre o homem e amáquina! 

...

Bem, pelo menos sabemos que no mínimo dos mínimos a Professora de psicologia à de ler o blog.

Certo? : (

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