quinta-feira, 9 de abril de 2009

Para que serve a tecnologia?

Com o existencialismo e a perda de espiritualidade nas sociedades ocidentais, a vida passou a ser um espaço de tempo que nos é concedido e que devemos aproveitar ao máximo. Mas como se aproveita uma vida? Procura-se a felicidade? Parece ser esse o objectivo de grande parte da população hoje em dia. Outra grande parte tenta fugir a qualquer coisa recorrendo a drogas ou vícios.
Se pensarmos na lei e tentarmos justificar por que temos as leis que temos e não outras, podemos encontrar as raízes na religião mas o objectivo final da lei é, na minha opinião, permitir ao maior número de pessoas o máximo de liberdade para procurar a sua felicidade.

Nesta ideia da felicidade, onde se inclui a tecnologia? Será que trouxe à Humanidade felicidade? Na minha opinião, não somos mais felizes do que os nossos antepassados. Somos muito mais e lidamos com problemas complexos que nunca antes tinham surgido, pelo menos à mesma escala. Há fome, pobreza, problemas ecológicos, sida, crime, drogas, etc..
Se considerarmos que o Homem tem a necessidade de sentir que pertence a uma comunidade já que evoluiu no sentido de viver em tribos pequenas em que conhece todos os membros, as cidades modernas em que todos são estranhos são obstáculos à nossa felicidade. Consideremos ainda que o Homem tem, para além das necessidades sexuais, sociais, etc., uma necessidade espiritual. Nesta sociedade, essa necessidade não fica satisfeita, o que pode justificar a procura dessa satisfação nas religiões orientais, e isso não contribui certamente para a nossa felicidade.

Apesar da felicidade que a tecnologia nos possa ter roubado, se agora a perdêssemos, conseguiríamos ser felizes? Conseguiríamos passar sem televisão, computadores, telemóveis e transportes? Não seremos já até certo ponto como as pessoas do Wall-E? Na minha opinião, não.

Se até agora, a tecnologia tornou a nossa vida mais complexa, difícil e possivelmente menos feliz, por que a desenvolvemos? Mais importante do que isso, como a deveríamos desenvolver no futuro? Caminhamos para um mundo cada vez mais tecnológico mas mais feliz?

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